O efeito chicote na produção e logística do Visual Merchandising

O efeito chicote na produção e logística do Visual Merchandising

O efeito chicote é um fenômeno que produz impacto negativo sobre a regularidade e a estabilidade dos pedidos recebidos numa cadeia de abastecimento. A variação na demanda aumenta conforme aumenta a distância do consumidor final, e pequenas mudanças na demanda deste consumidor podem resultar em grandes variações em pedidos colocados ao longo da cadeia.

 

Consequentemente pode-se ter grandes oscilações conforme cada empresa na cadeia procura resolver o problema a partir do seu ponto de vista. Este fenômeno pode ser observado na maioria das indústrias e resulta em custos mais altos e redução no nível de serviço.

Vamos agora colocar esta situação no nosso cotidiano de Visual Merchandising e, para tanto, usaremos uma linguagem mais simples e criaremos uma situação hipotética, com a qual, tenho certeza, muitas empresas e muitos profissionais de Visual Merchandising irão se identificar.

Efeito chicote em Visual Merchandising

Quando temos todas as etapas – que incluem da criação à aprovação do projeto – com um curto prazo para a entrega nas lojas, temos um efeito chicote doloroso tanto para a empresa quanto para os criadores e os pontos de vendas, sem falar nos investimentos.

O curto prazo é um elemento perturbador da cadeia “prevista”, podendo causar um efeito chicote como transtornos por falta de tempo para teste, custos altos, falta de bom acabamento, alto custo de logística, dentre outros. Via de regra é uma bomba de efeito retardado que normalmente estoura nas mãos dos fornecedores e montadores.

Será que alguém já vivenciou algo parecido em gestão de visual merchandising?

Logicamente que sim, principalmente os profissionais que dependem das aprovações dos clientes.

Encontrei o termo “Efeito Chicote” fazendo pesquisas no universo da administração e da logística. Tal termo resume alguns dos nossos problemas de produção.

É um conceito pensado no movimento de um chicote que quanto maior o espaço e seu impulso maior será seu estalo na ponta.

Todo projeto de Visual Merchandising, assim como qualquer projeto que possui etapas com prazos e metas, possui uma linha temporal aparentemente estável como no gráfico a seguir:

Que ótimo se fosse sempre assim, sempre linear, previsível, estável. Mas isto está mais para utopia do que para uma situação real. Na prática, e segundo a “lei de Murphy”, os eventos possuem certa dose de caos.

O problema não está nos possíveis eventos caóticos, pois eles são uma realidade as quais temos que assumir, mas sim como vamos tomar medidas preventivas para diminuir riscos e contornar eventualidades.

Mas o que devemos ter em mente é que cada empresa, cliente, fornecedor,  parceiros, equipe, é constituída por seres humanos passíveis de cometerem erros e principalmente, cada empresa possui suas regras e métodos, assim como os fornecedores que elas contratam.

Um bom entendimento destas relações entre métodos é o primeiro passo para evitar o temido efeito chicote. Os outros passos essenciais são técnicos e possuem certa complexidade.

Por hora podemos evidenciar que duas são os maiores provocadores deste efeito: Efetivo humano e Burocracia nas empresas.

 

 

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