O processo do Visual Merchandising inicia-se de dentro pra fora

O processo do Visual Merchandising inicia-se de dentro pra fora

Há anos em minhas consultorias venho falando dos processos necessários de Visual Merchandising que nada tem haver com estética, criação, distribuição, etc. Não existe Visual Merchandising que resista à falta de processos sem um olhar critico para dentro de sua própria empresa.

Existem vários pontos que poderíamos tratar, porém neste momento vamos nos ater a um único e determinante, que é “OLHAR PRA DENTRO DA SUA EMPRESA E NÃO PARA A EMPRESA DO OUTRO”.

Cada empresa tem que ter sua assinatura, veja os exemplos que se seguem, mesmo setor de lingerie e identidades diferentes. Que comportam os mesmo clientes sócio economicamente, porém cada uma tem uma identidade e técnicas compositivas de vitrine desassociadas.

Não estou aqui afirmando que os processos tradicionais de marketing não sejam válidos, mas sim que é fundamental se conhecer cada empresa a fundo, tanto na sua história passada, recente e futura, se apropriando da informação correta para o desenvolvimento de uma equipe de visual merchandising.

Os processos de Visual Merchandising começam de dentro para fora e nunca de forma contrária, muitos podem discordar, mas quase que a totalidade das empresas  tem em mente uma outra empresa concorrente ou então se balizam em uma história pré-concebida do que eles consideram o ideal. E em muitos casos param de se auto analisar e observar sua identidade, seus atributos, seu diferencial. A busca constante do novo, por vezes nos leva a antigos padrões. Os concorrentes não vai jamais contribuir, por isso, ele é um concorrente.

Todo e qualquer processo de visual merchandising deve ÚNICO!

Victoria Secret
La Perla

Como regra me condiciono a colocar meus clientes a pensarem além do óbvio, colocando assim um ponto de interrogação em suas mentes, que na totalidade os levam a repensar o que antes tinham como verdade absoluta.

São perguntas básicas, mas que fazem o cliente a mudar seu padrão de pensamento. Vejam exemplos simples:

  • Como funciona a interação coleção (produto) e a equipe de Visual Merchandising
  • Qual são a qualificação e a experiência da sua equipe?
  • Logística, marketing e Visual Merchandising são sincronizados?
  • De que maneira sua empresa usa seu planograma na organização
  • Qual sua posição hoje no mercado ou market share?
  • Qual a posição que sua empresa quer estar daqui há 5 anos?

São simples questionamentos, a partir dos quais vamos desenhando pensamentos e principalmente a cultura da organização. Não se trata de reinventar a roda, é essencial em muitos casos sermos práticos e básicos inicialmente.

Normalmente vemos que os pensamentos estão “fora“ e a cultura enraizada demais nos processos, o que restringe a visão da própria empresa.

Os pensamentos pré concebidos e focados no que seria até então correto em outras empresas é rapidamente percebido como equívoco transportá-los para outra empresa com cultura, estrutura e história diferente.

Agent Provocateur

A expressão “SAIR DA CASINHA” significa neste caso mergulhar de cabeça nas potencialidades da empresa, tanto no âmbito estrutural quanto humano. E só através deste processo podemos começar a costurar um sistema que vai levar diretamente a uma identidade e caráter único em Visual Merchandising.

Visual Merchandising deve ser único e o que serve para uma empresa não serve para outra, tanto no que se refere à imagem como questões administrativas, regionais e dinâmica de processos e sistemas.

Entre no seu mundo, observe cada ponto, faça disso seu diferencial, ou estabeleça novos mundos até chegar ao SEU ideal e não do outro. Só assim sua empresa poderá chegar a uma sistemática adequada para atingir resultados tangíveis ao seu nicho de atuação.