Tetos: sob que céu iremos colocar nossos clientes?

Tetos: sob que céu iremos colocar nossos clientes?

Foto: Siam-Paragon-Mall

A cada dia que passa, podemos observar obras de arte sendo criadas em prol de marcas, produtos e clientes, e é inegável o talento dos artistas que as concebem. Sabemos que, por instinto, ao entrar em uma loja, o ser humano olha conscientemente para pontos bem específicos, buscando marcas e produtos. No campo da subconsciência, o cliente observa pontos que estão ligados aos instintos mais primitivos que a antropologia consegue explicar muito bem, sendo um deles a segurança. Ao falar em segurança, podemos destacar elementos como o teto e os pilares, mas neste conteúdo, vamos nos ater especificamente ao TETO.

Aquilo que antes era meramente uma estrutura de um espaço, agora se transforma em potência e função. Olhar para cima hoje é se encantar, compreender uma comunicação e sentir que estamos sob um céu de arte, um universo de possibilidades

Embora o uso do teto como elemento diferencial não seja algo essencialmente novo, nos últimos anos ele tem se tornado um ponto de partida frequente na arquitetura.

Oscar Niemeyer, que dispensa qualquer tipo de comentários, criou dois dos tetos mais belos da história da arquitetura: o do Senado Federal brasileiro e o da Sede do Partido Comunista em Paris. Esses exemplos demonstram que, desde sempre, mentes diferenciadas souberam como encantar através de um simples olhar para cima. É sabido que o uso do teto como elemento de destaque não é algo novo, basta lembrarmos dos belíssimos afrescos da Renascença. No entanto, é essencial mantermos o foco em “marca para pessoas”. Quando se trata de marcas ou espaços para pessoas, há uma infinidade de possibilidades, desde as mais básicas até as sensações e sentimentos mais sofisticados.

As novas tecnologias de materiais abriram um leque absoluto para a criatividade, da sustentabilidade ao mais puro concretismo. Tudo é possível. No entanto, é importante lembrar que seguir tendências não pode significar perder o foco em “marcas e pessoas:

  • Marcas: Quando se trata de criar um espaço para uma marca, é importante lembrar que a arquitetura deve transmitir exatamente o que o local se propõe, independentemente de ser uma loja, stand, pop-up store, escritório, academia ou qualquer outro ambiente. Mas sim estou afirmando que a arquitetura como um todo tem que transmitir EXATAMENTE O QUE O LOCAL SE PROPÕE!
  • Pessoas: Saber fazer do seu espaço um local em que as pessoas queiram estar, considerando aspectos como conforto acústico, térmico, espacial, ótico, entre outros. É essencial que o espaço seja uma experiência que toque de forma sensível no bem-estar e no convívio das pessoas, tornando-se um ambiente em que elas queiram estar.

Talvez um pensamento possa resumir a importância que devemos dar aos tetos:

 “Sob que céu iremos colocar nossos clientes? “

Em pensamento racional podemos ver a força intrínseca nesta frase, afinal temos o céu como ponto de localização planetária e como grande protetor. Sendo assim, nunca mais pense seu espaço sem colocar o teto como pauta indiscutível de diferencial de sua marca